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Como Jogador | Como Treinador | Meus Agradecimentos

Iniciei a carreira aos 10 anos de idade jogando pelo Cruzeirinho, em Pouso Alegre (MG), orientado pelo Sr. Edson Pinto Soares (Corinho).

Treinador dedicado que deixou saudades. Sua equipe sempre era a mais organizada, treinava regularmente, se concentrava na véspera da partida, disciplina era palavra de ordem onde não podia fumar, beber e tínhamos que dormir 10:00 horas da noite, meus amigos acreditem se quiser, isto já ocorria em 1970 na minha cidade.

Tive uma base muito boa, muitas conquistas e mesmo com as derrotas, aprendi a vencer. Meus pais sempre me deram a maior força; nunca se opuseram e também nunca foram de ficar pegando no meu pé, ou seja, ir até o campo assistir jogo e ficar cobrando; a maior preocupação deles era com o estudo. O carinho e dedicação deles para comigo e minhas irmãs era tudo. O amor dedicado por eles, deram sustentação para minhas conquistas.

O Cruzeirinho deixou muitas saudades, amigos; outros times como o Penharol, Real, Corinthians também me ajudaram nesta caminhada.

Aos 15 anos jogava pelo time principal da cidade, o Pouso Alegre F.C. pelo Campeonato Amador.

Tentei jogar no Bangu (RJ), treinador Zósimo; depois foi o Guarani (SP), treinador Ladeira; mas foi no Santos F.C. que tive a chance. Fui levado pelo preparador físico e ex-atleta Tadeu que jogou no Pouso Alegre e indicado pelo amigo Paulo Borges, irmão do Grapete que jogou no Atlético Mineiro, campeão brasileiro de 1970.

As dificuldades foram imensas quando cheguei ao Santos em 1976. Já tinha sido operado 3 vezes do joelho direito. Precisei andar de joelhos para que o médico Dr. Carlos Braga me aprovasse para entrar em campo.

Depois desse sufoco, cada dia que passava, tudo se tornava mais difícil, mas nunca abandonei meus estudos.

Tive muito apoio e apesar das dificuldades no departamento amador, os diretores e todos da comissão sempre deram a maior força. Tive a felicidade de ser orientado por grandes atletas e ídolos que marcaram e deixaram saudades, como Olavo, Ramos Delgado, Pepe, Coutinho, Dé, Mengalvio; o sonho não acabou pois fui orientado pelo grande José Eli de Miranda - Zito, que junto com o treinador do profissional Chico Formiga me deram uma chance e acreditaram no meu futebol pois eu estava substituindo o tri-campeão mundial da Seleção Brasileira 1970, Clodoaldo Tavares Santana, meu ídolo (foto capa).

Foram muitos jogos e um campeonato que marcou e impulsionou minha vida de atleta profissional pela conquista do título de Campeão Paulista em 1978. Fomos denominados "Os Meninos da Vila" e assim ficamos conhecidos pelo nosso atrevimento, mas elevamos o nome do Santos e ao mesmo tempo me senti honrado por ter vestido a camisa do time do meu coração.

Mesmo pertencendo ao Santos, joguei no Náutico (PE), Ferroviária (SP), São Bento (SP), Portuguesa Santista (SP), depois consegui o passe e fui jogar no Juventus (SP), E.C.São José (SP), Louletano (Portugal), Ituano (SP) e Tokyo Gás (Japão).

Desde 1976, quando cheguei ao Santos F.C. e encerrando minha carreira no São Bento em 1992, todos esses anos foram de muita dedicação e amor ao trabalho e profissionalismo, buscando sempre o melhor mas sabendo das limitações, convivendo com vitórias e derrotas, mas sempre acreditando em DEUS, esta força maior que nos impulsiona e faz acontecer.